quinta-feira, 3 de maio de 2012

MODELOS DIDÁTICOS



I – Ensino frontal ou tradicional: essa forma de ensino é a que predomina em nossas salas de aula onde o professor é o ponto central do processo. A sala é organizada de forma que as carteiras fiquem todas voltadas para frente onde estão a mesa do professor e o quadro negro. No método frontal as tarefas e metas de aprendizagem são definidas pelo professor de acordo com o programa e seu conhecimento do grupo de alunos e as apresenta nas fases de orientação e recepção. O aluno aparece como um observador passivo (receptor), visto que somente reage ocasionalmente, a partir de perguntas do professor.

II – Contratos de tarefas: O estudante escolhe os trabalhos ou as tarefas que realiza individualmente ou em grupos pequenos, a fim de exercitar o conhecimento e de usar capacidades. Outras denominações deste modelo: ensino ativo, método de atividades, estudo supervisionado, aprender fazendo. O professor às vezes fica sentado em sua mesa, outras vezes transita entre os estudantes ou ainda atende um grupo que solicitou ajuda.

III – Colóquio em pequenos grupos: O estudante adquire conhecimentos (principalmente sobre experiências pessoais, valores e propostas) através da troca de informações e de opiniões com os demais participantes do grupo. É preciso ter uma leitura antes individualmente e uma compreensão do que está escrito para quando os grupos se reunirem poder somar então conhecimentos. Serve fundamentalmente, para a orientação sobre um tema ou problema complexo.

IV – Congresso educativo: neste modelo o participante se reúne com alguns colegas, em um ou mais dias de reuniões com a finalidade de transmitir conhecimentos preparados previamente em forma de discursos ou dar contribuições em discussões que buscam solucionar ou resolver problemas de interesse comum, buscando consensos e coordenações de ações.

V – Diálogo socrático: o aluno converso de forma detalhada e ordenada com outras pessoas, como o propósito de alcançar um conhecimento melhor de si mesmo e de sua relação com o meio ambiente. Os diálogos entre duas pessoas envolvem compromisso espirituais intensos tanto individualmente quanto, a longo prazo na relação de ambos. Em alguns momentos as duplas podem compartilhar a condução do diálogo e em outros uma pessoa apenas pode ter o papel de condutor do diálogo.

VI – Disputa, confrontação ou debate: neste método o aluno se desenvolve ao participar de coma conversação, que permitem adquirir sobretudo, habilidades de argumentação e juízo. Este método consiste em colocar defensores e oponentes frente a frente para debater suas diferentes posições a respeito de um tema dado, que busca a verdade através de argumentações e contra argumentações.

VII – Educação tutorial: o aluno aprende através do ensinar. Neste modelo, ele adquire conhecimentos que lhe permitem ajudar outros alunos que estejam em um nível de aprendizagem menos avançado, e também aprende neste processo. Não é estranho que estudantes aprendam melhor, quando recebem uma explicação de outro estudante ou aluno, ao invés de uma nova explicação do professor.

VIII – Exibições educativas: neste modelo o aluno adquire o conhecimento em espaços de aprendizagem abertos (museus ou feiras), contemplando objetos ou laminas expostas em uma determinada seqüência e, geralmente com comentários de um guia e de acordo com o caso, manipulando objetos. O visitante pode aprender algo, mas o que aprende na visita não depende somente da qualidade da exposição, mas sim da capacidade do visitante de observar a exposição de uma maneira ativa.

IX – Gabinete de aprendizagem: o aluno adquire conhecimentos práticos e teóricos de variados âmbitos de ação através de atividades reais em ambientes de aprendizagem especialmente organizados e elaborados didaticamente em suas formas mais elementares. (os gabinetes devem estar bem preparados para atender a criança (brinquedos, músicas, o dialogo, o ambiente, etc.).

X – Instruções à distancia: o aluno adquire conhecimento através da leitura de material escrito, neste método de ensino à distancia os meios substituem o professor, já que o aluno se encontra em um lugar diferente e longe do professor.  Habitualmente este meio consiste em textos escritos que se enviam por correio, e outras vezes, trata-se de meios eletrônicos como rádio, televisão ou e-mail. Em cada caso se entrega uma informação precisa aos alunos, para que possam desenvolver uma tarefa e responder individual ou coletivamente através do mesmo meio.

XI – Instrução programada: o aluno adquire (autonomia e individualmente) conhecimentos e habilidades estabelecidos previamente com, a ajuda de textos programados em pequenas etapas de aprendizagem. O processo de aprendizagem para os alunos que aceitam aprender com os textos de aprendizagem programados, seja em forma de livros ou no computador, termina da maneira prevista pelo autor, ou seja, de acordo com os objetivos previstos na seqüência de passos de aprendizagem até alcançar o padrão de rendimento pré-definido.

XII – Métodos de casos: O aluno analisa individualmente ou em grupos um conjunto de materiais que reconstruam uma situação pratica para adquirir conhecimentos sobre ela e desenvolver a capacidade de apreciar situações complexas e tomar decisões adequadas. Neste modelo, os alunos aprendem participando de atividades de reconstituição de algum acontecimento, a fim de que relacionem o exercício como se estivessem vivendo a própria situação.

XIII – Projeto educativo: Neste modelo os alunos participam de projetos orientados para gerar práticas inovadoras e essa participação lhes permite aprender, a aplicar os conhecimentos adquiridos em situações reais e ao mesmo tempo, contribuir para a melhoria da qualidade de vida. É um projeto de desenvolvimento social para que os participantes aprendam em uma situação real (mas que tenham elementos que permitam uma aprendizagem sistemática de certos saberes e competências).

XIV – Rede de educação: neste método são transmitidos de maneira recíproca novos conhecimentos, em particular sobre âmbitos inovadores da prática, geralmente com a ajuda da comunicação escrita, o que facilita cada participante a adquiri-los. Em alguns países de terceiro mundo, foram desenvolvidas comunidades não formais de aprendizagem cuja pratica corresponde ao modelo de rede de educação mutua, para que o conhecimento transmitido assegure uma qualidade mínima de vida e permita lutar contra a pobreza.

XV – Oficinas educativas: neste modelo um trabalhador, artista ou teórico adquire maiores conhecimentos ou desenvolvem um produto através das contribuições individuais dos demais participantes ou em uma criação coletiva. Trata-se de um conjunto de pessoas que têm certas habilidades, desenvolvem certos produtos e melhoram suas capacidades e habilidades. Por exemplo: oficina de escritores, dança ou artesanato, ao dedicar-se a essa atividade em forma exclusiva durante um período determinado vão melhorando suas competências.

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